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segunda-feira, 27 de novembro de 2006

MUDAR A NOSSA VERDADE

"Eu digo às pessoas quando as vejo resistir a alguma coisa: olhe para isso. É aí que está a sua verdade. Depois olhe com atenção, veja se essa verdade é boa para si. Aposto que 8 em cada 10 dessas verdades já não são boas para si. Foi boa para si em tempos? Possivelmente. É boa para si agora? Não me parece. No entanto, aquilo a que vocês resistem, persiste.
E só aquilo para que olhamos e que possuímos pode desaparecer. Vocês fazem-no desaparecer simplesmente mudando de ideia acerca disso." - Neale Donald Walsch

Ontem, sem qualquer motivo (lógico), lembrei-me do meu avô materno.
Nunca tive grande relação com ele, tirando um período de poucas semanas em que ele viveu comigo e com a minha mãe, teria eu talvez 8 anos.

Depois desapareceu e nunca mais o contactámos. Quando ele morreu, há 10 anos, acompanhei a minha Mãe ao funeral dele. Senti que não tinha afinidade com ele. Nem gostava dele. No pouco tempo que viveu connosco, tinha-me dado um estalo injustamente. Há 10 anos era essa a memória principal que eu tinha dele.

Ontem lembrei-me dele. Lembrei-me de como ele gostava de castanhas piladas. E como as comíamos enquanto passeávamos ou quando nos sentávamos num muro lá do bairro, a jogar o Jogo do Galo com pedrinhas e pedacinhos de tijolo partido.
Depois pensei "Mas ele bateu-te. E tu não gostas dele." Olhei para isto. E percebi que esta já não é a minha verdade.

Sem dúvida, ele bateu-me injustamente, mas teve tempo para ser meu avô, para me ensinar a jogar ao galo e dar-me a provar algo que ainda gosto muito, castanhas piladas.
E como todos os "mas" anulam tudo o que é dito anteriormente, a minha verdade é que o meu avô teve tempo para ser meu avô, para me ensinar a jogar ao galo e dar-me a provar algo que ainda gosto muito, castanhas piladas.

E apesar de nem me lembrar do nome do meu Avô, sinto que esta é uma grande Lição de Vida que ele me dá, lá de cima da Luz: é possível mudar a nossa verdade, sem vergonha por estarmos a mudar de ideias. Isto é o que eu chamo ampliar os limites da Consciência.

Obrigada, Avô!

terça-feira, 10 de outubro de 2006

VOAR SEM BAGAGEM

"De alguma maneira, ter uma consciência mais abrangente, um pouco mais expandida, ter a certeza de que são alguma coisa para além daquilo que julgam que são - embora possam não saber concretamente do que se trata - ajuda bastante a desidentificarem-se dessa ondulação, dessa trepidação que não deixa o coração em paz.

Isso é, digamos, o estertor de todos aqueles atributos que, com tanta dedicação e enlevo, vos serviram no cumprimento da missão que se propuseram desempenhar.

Conviria que fizessem com esse invólucro, com essa casca, o mesmo que a borboleta faz com o casulo dentro do qual se transformou: sair dele a voar, não se interessando minimamente com o que deixou para trás.

Imaginando que todos os Humanos seriam capazes de fazer isso no mesmo momento, ou num curto lapso de tempo, ninguém sofreria. O que causa desconforto é o facto de alguns seres se desprenderem, saírem a voar do casulo, e os do casulo ao lado ficarem tristes porque não se atrevem a abrir as asas.

Quem sai a voar está alegre porque sabe que quem ficou sem voar, um dia voará; quem ficou sem voar está triste porque não acredita que um dia voará. Essa é a diferença.

Mas quem ganhou asas para voar não pode fazer outra coisa senão voar. Se era para ficar ali... para quê as asas?"

Canalização de Kryon, recebida por Vitorino de Sousa Sobre a Abertura do Chacra Cardíaco