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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A RESPONSABILIDADE

Um dia destes ao ouvir um relato de uma amiga e após as minhas próprias experiências, decidi escrever sobre a responsabilidade do terapeuta/facilitador do que quer que seja.

Algumas pessoas ficam surpresas com a forma como alguns terapeutas/facilitadores actuam. Supostamente, se são dos que trabalham para um mundo melhor deveriam ter mais noção do que dizem e de como dizem.
Por vezes, dizem-se coisas que programam o cliente de forma pouco positiva ou que não respeita os seus valores, que ofendem mais ou menos veladamente, que os colocam numa posição de superioridade, etc.

Se eu for ao médico e ele cruamente me disser "você tem um cancro" ou "você está é com a mania das doenças", eu não vou gostar. Vou-me sentir mal, em choque, talvez até me sinta ofendida ou derrotada.
Estaria o médico a mentir? Se calhar, até não. Mas é a forma como ele diz que muda tudo.

Na maior parte das situações que nos afectam negativa ou positivamente a diferença está na forma.

O terapeuta/facilitador é antes de mais nada um Ser Humano, com a sua personalidade, crenças e Sombra.
Quando um terapeuta/facilitador tem uma reacção abrupta, ofensiva ou irresponsável está a ser um reflexo nosso, mas também nós estamos a servir-lhe de espelho. Se depois disso, terapeuta/facilitador vai meditar sobre o que aconteceu é já um processo seu.
E nós também o podemos fazer. Isso não quer dizer que tenhamos que tolerar essas atitudes. Podemos sempre dizer "Chega!", ver e trabalhar o espelho e avançar.

Como terapeuta/facilitador é importante lembrar-se de que as pessoas geralmente vêm ter connosco fragéis e tudo o que dizemos reflecte-se exponencialmente. Quando nos respeitam e têm em grande consideração o que dizemos pode ser criativo ou destrutivo.
Muitos terapeutas/facilitadores justificam as suas atitudes porque sentiram que estavam a ser vampirizados energticamente, porque fizeram o que sentiram ser melhor para o outro ou para si próprios, porque a pessoa não quer evoluir, etc.
Até concordo que isso possa acontecer, mas a FORMA como reagimos faz toda a diferença.

Desde quando tenho o direito de humilhar, ofender e expor os outros? Quem sou eu para saber o que é melhor para ti? Quem sou eu para me achar dona e senhora da Verdade?
Não estamos aqui para equilibrar a nossa Vida Espiritual com a Vida Terrena? Onde é que nas atitudes ofensivas está o equilibrio? Não é também uma forma de abuso?

Enquanto terapeuta/facilitadora (e cidadã, mulher), eu própria já disse e fiz coisas que afectaram negativamente outros. Hoje reconheço-o. E desde que percebi que partes minhas atraiam pessoas abusadoras e que me impulsionavam a abusar dos outros, passei a agir de forma diferente. Sim, ajo quando tenho que agir, mas faço-o de FORMA diferente, com muito mais Amor. E tornei-me menos permeável às pessoas com a máscara de falsamente iluminados (em todas as áreas e não só na espiritualidade). Não as tolero na minha vida, mas não também não as maltrato.

Tenho também aprendido muito com alguns facilitadores que me têm mostrado como a determinação e assertividade podem ser Amorosas e Compassivas. Se dentro de nós houver um Lugar de Paz.

Para os terapeutas/facilitadores (e para todas pessoas), deixo aqui um exercício para fazerem quando falam com os vossos clientes e noutras situações da vossa Vida.

Este exercício foi retirado do livro "Como curar os seus pensamentos tóxicos" de Sandra Ingerman*

Coloque as suas mãos no seu coração para que sinta o seu coração enquanto inspira e expira. Coloque uma imagem ou um sentimento de algo precioso no seu coração conforme faz isto.

Respirar é uma das maneiras mais simples de transformar qualquer energia. Quando estamos em modo reactivo, a nossa respiração torna-se superficial. Quanto mais stressados ficamos, mais reagimos. Quando respiramos profundamente, a energia muda por si própria.


Tente fazer alguma respiração enquanto está com outras pessoas. Observe como a energia na sala muda conforme passa para um lugar de calma e centramento. Observe como pode transformar a energia de uma sala simplesmente respirando. Observe como a sua própria experiência muda de um estado contraído para um estado mais expandido. Observe a sensação de paz que sente ao fazê-lo.

Tome algum tempo para respirar agora.




*A ser publicado pela Editora Ariana em Outubro.

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